Atualmente, temos ouvido falar bastante da importância da Jornada do Usuário, ou da Jornada do Cliente. Tema super conhecido como UX.Planejar uma boa experiência do usuário é necessário para qualquer empresa. Contudo, não acaba aí. Precisamos ter também um equilíbrio entre o que as pessoas desejam, o que é viável tecnicamente e o que é saudável para o negócio.Mas, Tiago… Entender o que as pessoas querem já é complicado, você adicionou mais duas variáveis na conta? Sim… e isso serve única e exclusivamente para te ajudar a satisfazer os usuários em tempo hábil (antes que eles “terminem” com sua empresa) e de forma saudável para o negócio, ou seja, evitando gastar mais do que o necessário em algo. Equilíbrio é a chave nesse caso. A imagem ilustra o que quero dizer:
Abaixo, trago algumas dicas de como colocar em prática este processo de descoberta, focando mais nos problemas do usuário do que em um roadmap pré-definido.
A pergunta que você quer responder aqui é simples: Qual problema eu preciso resolver? Ou qual oportunidade quero endereçar?Para responder esta pergunta, dependendo da maturidade do seu negócio, você pode recorrer a diversas ferramentas: Google Analytics, Hotjar, UXCam, UX Tweak, Google Forms (para pesquisas com usuários), pesquisas de satisfação no pós compra, pesquisas de abandono, entrevistas com clientes, Desk Research, Focus Groups, Card Sorting…
Após se debruçar e utilizar as ferramentas acima para aprender sobre o que é o problema/oportunidade existente, é hora de acalmar o coração e organizar tudo.Existem várias ferramentas no mundo de UX que podem te ajudar nisso:
Nas dicas anteriores, eu pedi para você pensar no problema ou oportunidade a resolver e, de alguma forma, organizar com alguns canvas mencionados.Nesta etapa, o objetivo é você ter em mente “Como eu sei que resolvi o problema? Ou enderecei de forma correta a oportunidade?”.Existem muitos profissionais de UX hoje em dia que não possuem o hábito de definir/medir o sucesso. Esse é um exercício que pode ser feito em conjunto com a pessoa de UX e a pessoa de Produto, por exemplo.O que queremos mapear é que nossa solução seja algo desejável pelo usuário/cliente, viável tecnicamente e saudável para o negócio.Aqui, precisamos de uma habilidade muito importante: pragmatismo para a medição dos resultados. Estamos falando de métricas, seus valores e alvos.Ou seja: qual a métrica ou o conjunto de métricas que irão sofrer um impacto uma vez que você resolveu seu problema ou endereçou a oportunidade?Por exemplo: “Tempo de entrega de produtos. Atualmente: 30 dias. Se tivermos sucesso, entregaremos em 20.”Existem algumas ferramentas muito boas para te ajudar a definir essas métricas, como a North Star Metric, e o conjunto de métricas que impactam na nossa NSM.
Outra dica é: torne o aprendizado um pilar do processo de priorização das hipóteses de solução. A única forma de aprender é agindo.Daí o loop de “execução / análise”: Fazer. Medir. Aprender. Recomeçar.Repita isso até considerar que o problema está resolvido.#DicaDaDica: O “fazer” pode, e muitas vezes deve, ser “fazer apenas o mínimo para medirmos se estamos no caminho certo”, a partir daí incrementamos. Rodamos este fluxo até estarmos satisfeitos com os resultados ou aprendizados.
Nós estamos acostumados com fluxos de entrega. “Definimos algo, agora vamos entregar”.E muitas vezes, a equipe de UX precisa espremer atividades de descoberta em um momento que o que é necessário é entrega.O que recomendo aqui é simples: entenda a descoberta como um fluxo, assim como entendemos a entrega.
Pense em uma semana normal e saudável de trabalho:
As mesmas pessoas que fazem discovery não necessariamente fazem entrega. Isso varia de equipe para equipe. Mas, você pode utilizar, por exemplo, o Dual Track Scrum.
O importante é garantir que todas as pessoas tenham visibilidade do que está acontecendo.Algumas outras ferramentas úteis em descoberta podem ser: teste A/B, teste de preferência, teste de 5 segundos, teste de fluxo.Já em delivery, pode-se realizar testes de usabilidade, acessibilidade, entre outros.
Todas essas etapas vão te ajudar a criar um fluxo de trabalho mais fluido dentro da equipe, além de focar no essencial, definindo prioridades e otimizando as entregas de uma forma equilibrada em desejabilidade, viabilidade técnica e viabilidade econômica.E aí, fez sentido? Deixe um comentário! :)