O TikTok viralizou exatamente entre os adolescentes, no Brasil foi mais precisamente em 2020. Essa limitação de tempo de tela dentro da plataforma é uma tentativa de mostrar um espaço mais seguro. Tudo indica que isso ocorreu após algumas críticas recebidas pelo excesso de consumo entre os jovens.
Março começou e com ele essa “bomba” de que o aplicativo vizinho irá limitar o tempo de uso em 60 minutos para os menores de 18 anos. A iniciativa é uma forma de amenizar possíveis vícios, reduzindo o impacto entre os adolescentes.
Para tentar conter o uso, após os 60 minutos será necessário inserir uma senha se quiserem permanecer assistindo aos vídeos curtos do TikTok, terá também a opção de prolongar o tempo por mais 1 hora.
Os pais ou responsáveis pelos jovens também poderão monitorar o tempo de permanência no aplicativo, controlando o intervalo de uso entre diurno e noturno, além de conseguir informações sobre a permanência em frente a tela.
O limite imposto é padrão para todos, mas terá a opção de remoção.
A empresa ByteDance, criadora do TikTok, tem enfrentado diversas críticas globais, que podem até banir o aplicativo em territórios importantes como Canadá, EUA e Europa.
Essa preocupação está ligada a duas situações pelas quais legisladores e reguladores têm observado:
1 - Se a empresa chinesa apresenta alguma ameaça à segurança nacional e aos usuários;
2 - Influência que os vídeos têm em relação aos adolescentes.
Para quem é usuário já percebeu que o algoritmo trabalha muito bem, basta uma “retenção maior no vídeo”, uma “curtida”, que o conteúdo daquele tema se torna lei na sua conta.
Em uma pesquisa recente, Imran Ahmed, executivo-chefe do Centro de Combate ao Ódio Digital, disse que o algoritmo do TikTok “bombardeia” os adolescentes com conteúdos nocivos. Ele até intitula como “crack dos algoritmos”:
"É o crack dos algoritmos. É o que mais vicia, é o mais perigoso e o que precisa ser tratado com mais urgência."
Uma pesquisa feita em 2022 por Ahmed, mostra que uma jovem de 13 anos abriu uma conta no TikTok, e já estava recebendo conteúdos relacionados a transtorno alimentar e automutilação. Ou seja, mais do que viciar é o tipo de influência que esse conteúdo causa em uma adolescente, uma fase tão delicada da vida.
Hoje a principal receita da companhia são os anúncios, e eles também trazem preocupações.
Procuradores gerais bipartidários estão investigando o marketing do TikTok para usuários jovens. O motivo é que podem causar danos físicos ou mentais.
Já no Congresso americano, diversos legisladores apresentaram vários projetos de lei para banir a plataforma por supostos riscos à segurança nacional. Porém, o envolvimento nesse caso é muito mais político, pois o TikTok é uma empresa chinesa.
A Comissão Europeia barrou na semana retrasada a equipe de utilizar o aplicativo por um mês. Tudo isso após o Comissário do Mercado Interno, Thierry Breton, afirmar que os EUA iria banir o TikTok se não seguisse as regras de moderação e uso de dados.
Por enquanto não há informações sobre se irá afetar as contas brasileiras, acredito que não. É nítido que exista de fato uma preocupação com os jovens, mas por outro lado há também questões políticas envolvidas. 😉
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Fontes: BBC NEWS BRASIL, Meio e Mensagem
