Tensão Criativa: Como entender sua mente… ou tentar

Tensão Criativa: Como entender sua mente… ou tentar

Sabe quando você precisa fazer algo e sua cabeça bloqueia? Parece que não vai… por mais concentração que exista na sua cabeça, por mais foco que haja para aquela tarefa naquele momento… não vai.

E aí um incômodo começa a surgir, aquela frustração por não conseguir fazer algo. E nós ou desistimos, ou decidimos fazer outra coisa menos importante para aquele momento, só para “refrescar a cabeça”.

Por um outro lado, sabe quando você começa a fazer algo, está tudo dando certo, o trabalho está ficando muito legal e você se empolga demais? Você já passou por isso? Hoje? Deixa aí nos comentários! Todos nós passamos por isso algumas vezes, todos os dias. E sabia que isso tem nome? Não? Pois é… relaxa… você não é uma pessoa louca, você apenas está passando por dois momentos.

Primeiro, foi a tensão criativa. E, na sequência, você ativou uma tensão emocional.

Mas o que é tensão criativa?

Tensão criativa é o gap, ou espaço, entre seu estado atual e a visão do que deseja realizar.

E tensão emocional?

Tensão emocional é o sentimento de frustração quando não consegue avançar no sentido da visão.Imagine um elástico, o qual quanto mais você puxa para um lado, mais o outro lado resiste. É exatamente isso que acontece. De um lado, temos a nossa realidade atual e do outro, mais longe, a nossa visão.

Imagem representando tensão criativa e tensão emocional

Uma coisa leva a outra

A distinção entre uma tensão criativa e uma tensão emocional é a forma mais eficaz de conseguir “se livrar” de ambas tensões. Segundo Peter Senge, no livro “A Quinta Disciplina”, saber distinguir entre tensão emocional e tensão criativa é muito importante para conseguir sair ou não entrar em um loop de tensão emocional.

Quanto mais distante você está daquilo que deseja realizar, maior é a tensão criativa. Isso leva, automaticamente, nosso cérebro para uma tensão emocional, na qual entra a frustração, o stress, a tristeza. Quando chegamos nesse ponto, nós começamos a tomar atitudes para tentar sair do estado de tensão emocional, ao invés de “remarmos” sentido àquilo que desejamos alcançar.

Já ouviu falar na frase “não tome decisões quando está ou muito bravo ou muito contente”? Pois é, tem total relação. Quando estamos numa tensão emocional, nossas atitudes são para nos tirar daquele estado, e poucas vezes isso nos ajuda a chegar onde queremos. Muitas vezes só ajuda a piorar as coisas.

Não me entenda errado. Emoção é muito importante, porém é um padrão arriscado de referência para tomada de ações.Entender a diferença entre as duas tensões é o primeiro passo para conseguir não cair na armadilha de ficar preso neste ciclo de tensão emocional. Porém, como evitar de chegar na tensão emocional?

Como evitar de chegar na tensão emocional?

Peter Senge traz uma dica de ouro: ajuste sua visão. Ajuste o cenário onde você quer chegar para algo mais próximo de ser alcançado. E conforme você for progredindo, aumente gradativamente. É importante conhecer qual limite de tensão criativa te motiva e qual limite ativa a tensão emocional.Você não consegue permitir ou não a tensão emocional de existir. Porém, ao saber que ela existe, você consegue controlá-la.

“O Brasileiro não desiste nunca!” Pois é, aqui temos uma bela dica de como prosseguir e evitar cair no ciclo da tensão emocional. Ajuste sua visão, torne sua visão mais alcançável, isso vai diminuir sua tensão criativa. Permita-se testar caminhos diferentes para alcançar o que deseja, e continue no foco. Sempre que a tensão emocional bater, pense: “como posso tornar minha visão mais possível ajustando a distância de onde estou agora e onde quero chegar?”

Jogar tudo para o alto e ligar o F%da-se é apenas você permitindo a tensão emocional de te desviar do caminho.

Isso serve para você, individualmente, bem como para a forma que você lidera a sua equipe, caso seja um líder. Quando uma pessoa da equipe mostra sinais de frustração com o trabalho, um palpite pode ser que o que ela esteja tentando alcançar esteja muito longe do estado atual. Agora você já sabe como ajudar.“

A Quinta Disciplina” é de longe um dos livros mais importantes que já li. Escrito por Peter Senge, um professor sênior do MIT, ele nos ensina a criar “Learning organizations”. Neste livro, Senge fala sobre a 5° disciplina, para alcançar tal estado em organizações: o pensamento sistêmico. Sendo as outras quatro: Domínio Pessoal, Modelos Mentais, Construindo uma visão comum e Aprendizado em equipe.

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