Se você está começando na área do design e precisa de um livro para ser a sua orientação inicial, aqui pode encontrar o que está buscando. Este artigo tem como objetivo mostrar como o livro “O design do dia a dia” pode te ajudar a entender mais sobre experiência de usuário, te auxiliando durante a sua jornada neste ramo.
Preciso começar informando que, além de resumir um pouco o que contém no livro, irei abordar o tema com as minhas palavras, de acordo com o que absorvi a partir da leitura. Neste momento, estamos em uma conversa. Será incrível poder compartilhar um pouco do meu aprendizado com você. Vamos começar?
O livro em destaque tem como autor Donald A. Norman, conhecido por sua influência nas áreas de design, ciência cognitiva e engenharia de usabilidade. Ao lado de Jakob Nielsen, Norman é co-fundador do Nielsen Norman Group, empresa de consultoria em interface e experiência do usuário.
Com essa pequena explicação sobre o autor, já é possível imaginar o quão importante é todo o conteúdo apresentado no livro. Sendo assim, te convido a pesquisar um pouco mais sobre ele e muitas questões sobre o assunto abordado vão começar a fazer sentido.
Logo no início da leitura, o autor nos faz prestar atenção em nossa rotina e perceber se elementos com os quais temos contato diariamente estão, de fato, aptos para uma boa experiência do utilizador. Assim, percebemos o porquê o manuseio de certos produtos pode ser frustrante.
Para essa representação, o autor usou como exemplo as próprias vivências ao ter contato com produtos que lhe causaram frustração ou não eram, logo de imediato, de tão fácil compreensão.
Caro leitor(a), ao desenhar um produto, assim como ao desenvolver uma interface, é necessário que as informações ali contidas e os objetivos de cada função sejam de fácil compreensão, além de ser acessível para todos.
Sendo assim, já respondendo a pergunta em aberto, você não tem culpa por não entender. E se outras pessoas passarem pela mesma situação, é importante, se possível, fazer alterações para melhorar a experiência e, assim, trazer maior satisfação para o usuário.
No capítulo “A psicologia das ações do quotidiano”, o autor aborda essa questão com exemplos rotineiros. Ao não conseguir executar uma atividade com certo produto, acabamos por nos culpar. Achamos que isto ocorre porque “não levamos jeito” com aquilo e, é claro, que erros podem acontecer. Além disso, ele aponta como lidar – ou não – com o erro (fica aqui a curiosidade sobre esse trecho hahaha). Dito isso, ao desenvolver algo, é importante pensar nas possíveis falhas para que possa evitá-las.
Para quem está iniciando na área, esse já é o ensinamento que precisa levar consigo sempre que tiver uma ideia e precisar desenvolvê-la. Não basta a sua produção ser visualmente bonita, com um design agradável, se ela não funcionar para as pessoas que vão utilizá-la.
Norman também cita isso quando fala sobre a estética em primeiro lugar. Pensar nisso acima da acessibilidade apenas irá causar desapontamento quanto à usabilidade, pois, no fim, o trabalho não será útil para o usuário.
Aqui, vou deixar uma simples frase do livro que resume o que realmente precisa ser feito:
Assegurar que o usuário pode descobrir o que fazer, e que tenha condições de saber o que está acontecendo.
Como já citado neste artigo, ao desenvolver um produto, é preciso que a experiência do usuário seja levada em consideração para não ocorrer frustrações e abandono de uso. Além disso, é sim possível desenvolver algo inovador, mas sempre pensando em como esse produto servirá para todo o público, não apenas para você mesmo.
Nesse caso, é essencial pesquisar o que já funciona em relação à usabilidade, realizar testes e colher feedbacks de quem realmente teve contato com o projeto.
Inclusive, Norman cita a questão do princípio do feedback em "O design do dia a dia". O autor reforça que a opinião de quem usou/testou aquele produto é importante para acrescentar melhorias. Dessa forma, é possível ter uma base do que poderia ou não dar certo para quem irá desfrutar do produto final. Ao realizar essas etapas do trabalho, você já diminui e/ou evita falhas e mau desempenho.
O autor também traz um exemplo divertido que está estampado na capa do livro: a famosa chaleira que não funciona, uma obra desenvolvida pelo artista Jacques Carelman. Ela representa um objeto propositalmente inútil para a sua função, relacionando-se com o que estamos conversando aqui. A chaleira traz em seu design o erro do bico por onde sai a água no mesmo lado onde seria para segurá-la. Sendo assim, fica o questionamento: como seria possível usar essa chaleira para a sua real função?
Este exemplo já deixa claro que um objeto precisa ter uma boa funcionalidade para, assim, ser usado da forma correta.
Comentando de uma perspectiva pessoal, a leitura de “O design do dia a dia” foi bem fluida. Todos os exemplos citados pelo autor me fizeram lembrar das vezes em que já tive um certo problema ao executar tarefas ou entender como um produto funciona, assim como em atividades virtuais.
Além disso, para o meu começo, o capítulo “Design centrado no usuário" é um dos que mais ficou gravado na minha mente. Com ele, guardei dicas que me ajudam diariamente em meu trabalho e estudos.
Durante toda a experiência, tive uma reflexão comigo mesma de observar cada detalhe do meu cotidiano e reparar se aquilo, alguma vez, já foi confuso para alguém.
Por isso, te convido a conhecer o autor e a sua obra. Essa leitura vai te mostrar o motivo e a importância de conhecer o outro, para além do lado de quem está produzindo. Norman irá pontuar erros e acertos e como nos sentimos mediante a tantos produtos que nos são apresentados a cada dia que passa, além de como nos acostumamos com aqueles que já são de certa forma familiar em nossa rotina.
Neste artigo, abordei questões específicas sobre o assunto, mas durante a leitura do livro será possível compreender vários detalhes para levar para a vida.